Procedimento de microjateamento está sendo usado no projeto de restauro dos monumentos históricos do Parque Farroupilha, promovido pelo Sinduscon-RS.

No dia 17 de setembro, o Sinduscon-RS iniciou nas obras de restauro dos monumentos históricos do Parque Farroupilha a uma técnica inovadora sob o ponto de vista tecnológico, o microjateamento. O procedimento, muito utilizado em restauro na Europa, abrange desde obras de arte escultóricas de pequeno porte até edificações de valor histórico arquitetônico. A primeira obra que recebeu a técnica foi o Obelisco da Comunidade Israelita, localizado na esquina da Av. Oswaldo Aranha com Rua Setembrina.

De acordo com a arquiteta e restauradora, Verônica Di Benedetti, responsável pelas obras, a técnica consiste em jatear o monumento a ser restaurado  com materiais inertes. “No nosso caso, microesferas de vidro”, informou. O material a ser usado no microjateamento depende do tipo de dano sofrido pela peça. No caso dos monumentos do Parque, pichações. Já o material  constituinte do objeto a ser restaurado será o granito.
Segundo Verônica, ao  jatear a peça consegue-se remover de maneira seletiva aquilo que se deseja sem causar danos ao substrato. “Caso a peça fosse constituída de mármore poderíamos utilizar como carga, ao invés das microesferas de vidro, pó de casca de nozes, por exemplo”, explicou.
As ações resgate do Patrimônio histórico fazem parte do Projeto Construção Cultural do Sinduscon/RS, com patrocínio do NEX Gruop e da Cyrela Goldsztein.

Para este primeiro projeto, resultado da parceria entre o Sinduscon-RS e a PMPA, foram selecionados 12 monumentos. São eles: Cabeça de Chopin, Cabeça de Chopin, Monumento a Carlos Gomes,Homenagem a Beethoven, Busto de Annes Dias, Busto de Licínio Cardoso, Busto de  Samuel Hahnemann, Os Lusíadas, Homenagem aos Mortos em Combate ao Comunismo, Coluna Brasileira, Obelisco da Comunidade Sírio-libanesa, Obelisco da Comunidade Israelita e Monumento ao Expedicionário. Os critérios para sua seleção foram localização dentro do espaço do Parque, visibilidade junto à comunidade, material constituinte (predominantemente rochas) e representatividade dentro do seu estilo e época. “O objetivo é dar o ponta pé inicial e servir de incentivador para que outras empresas e instituições se mobilizem em torno da ideia para que outras obras no Estado sejam resgatadas”, ressaltou o vice-presidente da Entidade e coordenador do Projeto Cultural, Zalmir Chwartzmann.