A expectativa é de que o projeto avance ainda em setembro

Um diagnóstico feito na Estátua do Laçador, símbolo da cultura gaúcha no Estado, identificou fissuras, rachaduras e infiltrações espalhadas por toda a extensão do monumento. A restauração, prevista para começar ainda em setembro, deve durar cerca de 90 dias. Essa revitalização faz parte do Projeto Construção Cultural – Resgate do Patrimônio Histórico, empreendido pelo Sindicato das Indústrias da Construção Civil no Estado do Rio Grande do Sul (Sinduscon-RS) e pela Associação Sul Riograndense da Construção Civil e conta com a correalização da Prefeitura Municipal de Porto Alegre.

O custo total da restauração é de R$ 900 mil. Desse valor, R$810 mil foram viabilizados pelo Sindicato através do programa Pró Cultura – Lei de Incentivo à Cultura, do Governo do Estado do Rio Grande do Sul, e R$ 90 mil devem vir de um aporte financeiro da Prefeitura de Porto Alegre.
O início da obra está condicionado à liberação desse valor por parte do executivo municipal, que está em trâmites finais de negociação.

A vistoria aconteceu entre os anos de 2016 e 2017, e foi feita pela engenheira metalúrgica Virgínia Costa e pelo restaurador de obras de arte francês Antoine Amarger. Na ocasião, foram constatadas irregularidades que, caso não sejam reparadas, podem trazer danos permanentes ao monumento. Para o coordenador do Projeto Construção Cultural, Zalmir Chwartzmann, a restauração é necessária inclusive para manter a memória da capital. “É obrigação do nosso projeto trabalhar com coisas importantes para Porto Alegre. O Laçador marca a memória e a história da cidade.
Nós entendemos os monumentos e espaços históricos como de grande importância e relevância para a cultura gaúcha”, explicou Zalmir.

A Estátua do Laçador é de autoria do escultor Antônio Caringi e foi tombada como patrimônio histórico de Porto Alegre em 2001. Como modelo para a obra, Caringi contou com o folclorista Paixão Côrtes, fundador do Movimento Tradicionalista Gaúcho. O monumento é feito de bronze, tem 4,45 metros de altura e pesa 3,8 toneladas. O projeto de revitalização conta ainda com o patrocínio da Gerdau e Sulgás, e apoio da JOG Andaimes, Elevato e Ministério Público do Rio Grande do Sul.