Sondagem industrial aponta otimismo para 2019
A Sondagem Industrial, elaborada e divulgada pela Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS), apresentou otimismo para 2019. Os estoques ajustados e as boas expectativas para demanda, emprego e investimentos dão um bom indicativo para a indústria gaúcha este ano. Apesar da queda na produção (38,1) e no emprego (47) em dezembro comparado ao mês anterior, os baixos níveis de estoque (48,3 pontos) sugerem que a demanda foi superior à prevista e colocam um viés de alta para a atividade industrial nos próximos meses. Dentro de uma escala que vai de 0 a 100, abaixo dos 50, os índices significam quedas em relação ao mês anterior e estoques abaixo do nível planejado pelas empresas. Vale lembrar que a queda de emprego e produção são comuns nesse período de férias coletivas e feriados de fim de ano.
Também é normal no período a menor utilização da capacidade instalada (UCI). Em dezembro, o grau médio atingiu 67,0%, 4,0 p.p. abaixo de novembro. Os empresários da indústria gaúcha também mostraram otimismo com a demanda futura (62,5 pontos) e maior disposição em investir (58,3 pontos) e contratar (56,6). “A boa expectativa está ligada ao momento político do País e à disposição do governo em fazer as reformas necessárias. Há forte intenção de investir e trabalhar quando o cenário se apresenta favorável à produção”, destaca o presidente da FIERGS, Gilberto Porcello Petry.
A insatisfação com as condições financeiras da empresa diminuiu no quarto trimestre, em relação ao período anterior. O índice de satisfação com a margem de lucro operacional subiu para 41,5 pontos (40,4 no terceiro), e o de satisfação com a situação financeira cresceu para 47,4 (46,3 pontos no anterior). Abaixo de 50 pontos os indicadores mostram insatisfação. O avanço bem menor nos preços das matérias-primas, cujo índice caiu de 72,4 pontos para 60,2 pontos no mesmo período, amenizou a situação financeira das empresas.
A elevação da carga tributária (indicada por 47,8% das empresas pesquisadas, principalmente pequenas e médias), e a demanda interna insuficiente (33,2%) foram os principais problemas enfrentados no quarto trimestre, conforme a Sondagem Industrial. A taxa de câmbio foi o item que mais perdeu relevância na passagem do terceiro para o quarto trimestre, de 32% para 17,1%, movimento comum a todos os portes de empresa. (fonte: Fiergs)