CBIC propõe medidas emergenciais à Caixa para reconstrução do RS
Em resposta aos severos alagamentos que afetaram centenas de municípios no Rio Grande do Sul, a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) apresentou à Caixa Econômica Federal, um conjunto de propostas com medidas emergenciais para facilitar o provimento de moradia à população e a reconstrução do Estado. O documento foi entregue à vice-presidente de Habitação da Caixa, Inês da Silva Magalhães, pelo presidente da CBIC, Renato Correia, durante reunião do Conselho de Administração, realizada no dia 15 de maio, na cidade de Brasília.
O conjunto de 16 medidas focam especialmente o acesso ao crédito para aquisição da casa própria. A CBIC propõe a redução de juros para aquisição, construção ou recuperação de imóveis; financiamento facilitado e ágil, além de carência de seis meses em contratos ativos e novas contratações. Para empresas, as propostas giram em torno do apoio à produção em andamento, com suspensão de juros, estímulo ao capital de giro e financiamento de máquinas e equipamentos de construção.
Segundo Renato Correia, o objetivo é fomentar a construção e recuperação de moradias, apoiar a recomposição do tecido empresarial e econômico do estado, e acelerar o retorno à normalidade social e econômica com geração de emprego e renda. “A implementação dessas medidas pela Caixa, dada sua vasta experiência e capacidade operacional, é vista como crucial para a reconstrução eficaz e rápida do estado, além de ser uma resposta significativa aos desafios impostos pela catástrofe. Já levamos propostas específicas ao Ministério das Cidades e deveremos levar também ao BNDES [Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social] e ao MDIC [Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços]”, resumiu o presidente da CBIC.
Caixa atenta – Representando o presidente da Caixa, Carlos Vieira, que está em missão internacional, Inês relatou os movimentos que o banco tem feito em apoio ao Rio Grande do Sul no sentido de apoiar o socorro aos gaúchos e destacou o papel da construção na recuperação do estado. “Agradecemos e vamos analisar cada uma das propostas aqui apresentadas. Já há um processo de preparo das medidas para a compra de imóveis que já estão em produção e prontos, entre outras ações que estão sendo discutidas, relacionadas ao FGTS, por exemplo. O presidente [da República, Luiz Inácio Lula da Silva], por exemplo, deve anunciar ainda hoje um auxílio imediato às famílias, lá no estado”, comentou.
A vice-presidente de Habitação da Caixa também ressaltou a relevância da preparação de longo prazo para a reconstrução dos imóveis e da economia gaúchas, levando em conta a resiliência climática, mas sem perder o foco no socorro e na recuperação imediata das condições mínimas de vida todos os atingidos.
Durante a reunião, a CBIC abriu espaço para que representantes de entidades associadas no Rio Grande do Sul pudessem relatar à vice-presidente da Caixa a situação das pessoas em diferentes municípios e como as empresas do setor vêm trabalhando, por exemplo, para liberar vias ou criar rotas alternativas para o resgate de pessoas e animais, ajuda humanitária a desabrigados e tráfego de veículos de transporte de mantimentos.
Foi o caso dos vice-presidentes da CBIC Claudio Teitelbaum e Ricardo Michelon, respectivamente vice-presidente e presidente do Sindicato da Indústria da Construção Rio Grande do Sul (Sinduscon-RS), que participaram a distância; e Olivier Chies, membro do Conselho Superior Sinduscon Caxias do Sul, que veio à capital federal para a reunião. (Fonte: CBIC)