Novo modelo de crédito habitacional pode garantir moradia digna à população, avalia presidente da CBIC

Novidades foram divulgadas nesta sexta-feira (10) em evento em São Paulo. Mudanças incluem alterações no compulsório e no teto de financiamentos via Sistema Financeiro da Habitação
O novo modelo de crédito habitacional divulgado no dia 10 de outubro pelo Governo Federal muda o cenário da habitação no Brasil e traz novos investimentos em uma conjuntura em que as elevadas taxas de juros afetam o desempenho do mercado imobiliário, além de assegurar mais acesso à moradia digna para a população. A avaliação é do presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Renato Correia, que participou do evento de lançamento das novas medidas, ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
“Essas mudanças mudam o cenário da habitação no Brasil. Hoje é um dia que a população se aproxima do sonho da casa própria. O que foi feito com o FGTS, junto com o novo crédito imobiliário, vai garantir acesso à moradia digna e de qualidade aos estratos mais carentes da população” afirmou Correia durante o evento, se referindo as restrições para antecipação do saque-aniversário do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) aprovadas na última terça-feira (7).
O novo modelo também atualiza o valor máximo de imóveis que podem ser financiados via Sistema Financeiro de Habitação (SFH). “Essas mudanças se concentram na classe média, que estava carente de fontes seguras de financiamento”, destacou o presidente da CBIC. Desde 2018, o teto era de R$ 1,5 milhão, valor que passou para R$ 2,25 milhões.
Para Correia, o novo modelo também traz mais flexibilidade para os recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE). De acordo com a nova proposta, haverá um período de transição a partir de janeiro de 2026, quando o direcionamento obrigatório de 65% será reduzido de forma gradual. Quando o novo modelo estiver implementado de forma integral, os bancos poderão destinar para aplicações livres o mesmo valor usado para financiamentos habitacionais.
De acordo com o governo, a mudança será testada ao longo do próximo ano. O período de teste foi uma demanda do setor da construção para avaliar os efeitos reais da medida. “O papel da CBIC foi contribuir com sugestões, experiências de mercado para que isso funcionasse. O setor da construção emprega mais de 3 milhões de pessoas e isso é um feito muito relevante. A meta de 3 milhões habitações é outro número que nos motiva a acordar cedo, trabalhar muito para construir essa habitação de qualidade”, destaca Correia. (Fonte: CBIC)
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