PIB do Estado cresce 4,1% no primeiro trimestre de 2024 puxado pela agropecuária
O desempenho da construção gaúcha foi de 0,2%, enquanto que no Brasil a atividade foi negativa (-0,5%).
Após as estiagens de 2022 e 2023 e o excesso de chuvas no ano passado, a agropecuária recuperou espaço na economia do Rio Grande do Sul no primeiro trimestre de 2024. O Produto Interno Bruto (PIB) do Estado nesse período – ou seja, antes das inundações que atingiram o território gaúcho – registrou alta de 4,1% na comparação com o quarto trimestre de 2023.
O resultado foi puxado principalmente pelo avanço no segmento do campo, que apresentou expansão de 59,1%. Na mesma base de comparação, a indústria (+0,5%) e os serviços (+1,2%) também avançaram.
Na indústria, as quatro atividades que compõem o segmento apresentaram alta – entre elas a indústria de transformação, a principal do setor, com expansão de 0,1%; a atividade de eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana (0,4%); a construção (0,2%); e a indústria extrativa (1,5%), a de menor representatividade industrial no RS.
No Brasil, a alta no PIB no primeiro trimestre foi de 0,8%, com crescimento de 11,3% na agropecuária e de 1,4% nos serviços, enquanto a indústria registrou queda de 0,1%.
Na indústria brasileira, das quatro atividades que compõem o segmento apenas a indústria de transformação apresentou crescimento (0,7%). Na atividade de eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana a queda foi de -1,06%, a construção (-0,5%) e a indústria extrativa mineral (-0,4%).
No primeiro trimestre de 2024, contra igual trimestre do ano anterior, o PIB do Rio Grande do Sul apresentou crescimento de 6,4%. Esse desempenho foi superior ao registrado no País (2,5%) para o mesmo período. O Valor Adicionado Bruto (VAB) do Estado obteve variação de 6,7% no primeiro trimestre, contra 2,3% observado no Brasil. O volume dos impostos sobre produtos no Rio Grande do Sul cresceu 4,1%, enquanto, no Brasil, o crescimento foi de 3,4%.
Na indústria, no mesmo período de comparação, o desempenho no RS foi de 2,6%, um desempenho inferior ao do registrado no Brasil (2,8%). Na construção o desempenho foi negativo no Rio Grande do Sul (-0,4%) e positivo no Brasil (2,1%).
Os números foram divulgados nesta terça-feira (25/6) pelo Departamento de Economia e Estatística, vinculado à Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (DEE/SPGG). Elaborado pelo pesquisador Martinho Lazzari, o documento foi apresentado com a presença do secretário adjunto da SPGG, Bruno Silveira, da subsecretária de Planejamento, Carolina Scarparo, e do diretor do DEE, Pedro Zuanazzi.