Fiergs projeta crescimento da economia gaúcha em 5% em 2023
A projeção de desempenho positivo dependerá da continuidade de reformas estruturantes e condução da política fiscal
A Indústria apresentará um desempenho modesto em 2022, com resultados diversos entre os seus segmentos, mesmo diante da recuperação da economia brasileira. O PIB da Indústria brasileira (Transformação, Construção, Extrativa e os Serviços Industriais de Utilidade Pública) deve encerrar o ano com avanço de 1,5%, enquanto a Indústria gaúcha deve crescer 2,5%. O segmento de Transformação foi o mais afetado pela conjuntura turbulenta e pelos entraves nas cadeias de suprimentos, principalmente no primeiro semestre. Por outro lado, a Construção foi o destaque, em linha com ciclo de alta nos investimentos. Os dados foram divulgados hoje (6/12), em coletiva à imprensa concedida pelo presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS), Gilberto Petry, e pelo economista da Federação, André Nunes.
Expandindo os resultados para a economia brasileira, o crescimento estimado para 2022 é de 3,1%, um desempenho sustentado principalmente pela demanda reprimida e reabertura do setor de Serviços; impulso fiscal através de programas sociais e redução de impostos, e demanda externa ainda elevada. Por conta da estiagem que provocou a queda da produção agrícola, a economia do Rio Grande do Sul deverá ir na contramão dos resultados positivos da economia nacional, com uma projeção de retração na ordem de 2,5% no PIB.
Quanto as perspectivas para 2023, as expectativas são de desaceleração no crescimento, com a economia brasileira reduzindo seu ritmo de avanço para 1,0% e de alta da economia gaúcha na ordem de 5%. A reversão entre os cenários deve-se principalmente a uma reação da produção agrícola. A indústria deverá manter um desempenho positivo, porém em patamares mais baixos do que 2022 (1% o PIB da Industria nacional e 1,2% a gaúcha. Tais projeções estão atreladas a capacidade do novo Governo Federal e do Congresso Nacional sinalizar a continuidade da agenda de reformas e adotar medidas que garantam o equilíbrio das contas públicas e da dívida no longo prazo, de modo que a confiança seja sustentada, bem como criar um ambiente de estabilidade para que o Banco Central possa iniciar um ciclo de baixa dos juros o quanto antes.
No tocante aos desafios, após os eventos dos últimos anos, com destaque a Pandemia e Guerra entre Rússia e Ucrânia, muitos países foram transformados, enfrentando novos desafios, mas no caso do Brasil, segundo o estudo, os problemas são os mesmos: carga tributária elevada e complexa, baixa eficiência do gasto público, falta de mão de obra qualificada, elevado custo para empreender e investir, infraestrutura insuficiente, etc.
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