Encontro Nacional sobre Segurança e Saúde na construção apresenta o que faz o setor em prol dos trabalhadores
Representantes do Executivo, do Legislativo, do Judiciário e do setor da construção estiveram reunidos nno dia 12 de maio, no Unique Palace, em Brasília, para debater a segurança e a saúde do trabalhador, no Encontro Nacional de Segurança e Saúde na Construção do Brasil – Um novo olhar sobre nossa indústria.
Realizado pela Comissão de Política e Relações Trabalhistas (CPRT) da CBIC, com apoio do Sesi, o primeiro painel do encontro, que apresentou as boas práticas desenvolvidas pelo setor em prol do seu trabalhador, foi mediado pelo jornalista Alexandre Garcia (Rede Globo) e contou com a presença do presidente da CBIC, José Carlos Martins; do líder do Projeto Segurança e Saúde no Trabalho da CPRT/CBIC, Haruo Ishikawa; do desembargador do Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região, Mário Macedo; do presidente da Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados, Benjamin Maranhão; do coordenador-geral de Normatização e Programas, o auditor fiscal do trabalho Rômulo Silva; do procurador-chefe da Procuradoria Regional do Trabalho da 10ª Região, Alessandro Santos; do representante dos trabalhadores do setor na Câmara Legislativa de São Paulo, Antonio Ramalho, e do diretor de operações do Departamento Nacional do Sesi, Marcos Tadeu.
“O trabalhador é quem constrói o nosso futuro, quem constrói o Brasil. Cuidar dele é a nossa missão”, afirmou José Carlos Martins, na abertura do evento. Ao abordar o tema “O que faz a construção no Brasil?”, Martins destacou que o número de trabalhadores com carteira assinada pulou de 1,3 milhão, em 2004, para 3 milhões em 10 anos. Com esse crescimento, a ineficiência foi absorvida. Hoje, o quadro de recessão aponta uma concorrência mais acirrada, o que implica em mais capacitação, produtividade e formalidade. “Melhores empregos é o nosso maior objetivo. Com mais produtividade, gera-se ganho e, com melhores condições de trabalho, a satisfação do colaborador”, ressaltou.
O presidente da CBIC reforçou que todos os projetos da entidade partem do pressuposto de que a informação é o principal instrumento para evitar acidentes nos canteiros de obras e melhorar a saúde do trabalhador. E a formalidade contribui para diminuir esses dados. “Quando o Minha Casa Minha Vida começou, 87% das obras eram construídas dentro da ilegalidade. Atualmente, segundo dados da FGV, 400 mil trabalhadores são fichados. Esse é um exemplo de valorização do trabalhador que tanto defendemos”, atestou.
Durante o painel foram apresentadas as boas práticas desenvolvidas pelo setor da construção em prol do bem estar do seu trabalhador, como a Campanha de Valorização do Trabalhador; o Dia Nacional da Construção Social (DNCS), realizado anualmente e que dedica um dia de atendimento nas áreas de saúde, lazer e cidadania aos trabalhadores e seus familiares; as ações do Serviço Social da Indústria (Seconci), mantido por empresários do setor e que beneficia o colaborador e seus familiares; o Centro Profissional da Construção Civil, localizado no Rio de Janeiro, e o Comitê de Incentivo à Formalidade na Construção Civil, praticado no Paraná, entre outros.