Vice-presidente da República, Hamilton Mourão foi palestrante no Sinduscon-RS

 Vice-presidente da República, Hamilton Mourão foi palestrante no Sinduscon-RS

O Vice-Presidente da República, General Hamilton Mourão, participou como palestrante em reunião almoço no Sinduscon-RS realizada hoje (11/08), desenvolvendo a palestra “Geopolítica e economia – desafios para o Brasil e RS”.

O presidente do Sinduscon-RS, Claudio Teitelbaum, agradecendo ao vice-presidente Mourão o aceite do convite, iniciou sua fala apresentando um panorama breve da importância da construção civil na economia, como geradora de emprego e sendo responsável por uma grande parcela de arrecadação de tributos nos mais diferentes níveis . “No RS, são cerca de um milhão de pessoas ocupadas pelo setor entre empregos diretos, indiretos e induzidos. Desde a concepção do projeto de edificações até a sua conclusão, oferta à sociedade e manutenção, são mais de 97 outros segmentos econômicos envolvidos. Teitelbaum destacou as reformas estruturantes e o surgimento de leis fundamentais para o crescimento e fortalecimento da construção civil, a exemplo da reforma trabalhista e a Lei da Liberdade Econômica. “Mas é preciso ainda mais”, disse, ao destacar a importância da reforma administrativa que, colaborando com o equilíbrio fiscal, viabilizaria investimentos em infraestrutura, por meio de parcerias público-privadas, impulsionando o desenvolvimento do País.

Foram pautas do seu discurso os desafios trazidos pela pandemia, a crise do petróleo, a guerra entre a Ucrânia e Rússia e suas complicações na economia mundial. Enfatizou a necessidade de se trabalhar importantes pilares para o desenvolvimento do Brasil: o equilíbrio fiscal e a produtividade. Na busca do equilíbrio fiscal apontou um grande avanço com a reforma previdenciária, mas ainda há algumas barreiras a serem vencidas no processo de uma reforma administrativa. Quanto a produtividade extremamente baixa, afetada principalmente pelo “Custo Brasil”, destacou como solução a reforma tributária. “Nossa carga tributária é extremante elevada, ocupando um terço do Produto Interno Bruto, com um sistema que é caótico”, custando R$ 80 bilhões por ano para governo, empresa e cidadão comum e tem uma evasão com sonegação para a União de R$ 400 bilhões”, afirma. Atualmente são três projetos tramitando sobre a matéria, envolvendo muitas discordâncias e interesses divergentes.
Abordou a relação do setor da construção civil com a urgente demanda hoje em investimentos públicos em infraestrutura no País. Destacou a busca de parcerias com a iniciativa privada, citando como exemplo as concessões viabilizadas lançadas para portos, aeroportos, rodovias e ferrovias. Comunicou a previsão de investimento na ordem de R$ 250 bilhões para os próximos anos, recursos muito aquém das necessidades em infraestrutura. “Nós precisamos melhorar nossa rodovias, expandir nossa malha ferroviária e nossa capacidade de transmissão de energia”, disse.

Segundo Mourão, poucos avanços também ocorreram no processo de privatização. Citou as 46 empresas estatais com participação direta do Governo Federal, 85 indiretas e 200 empresas com participação minoritária. Das 46 ligadas à União, 19 não dão lucro, exigindo ao longo de 10 anos, recursos do Tesouro da União na ordem de R$ 160 bilhões.

Ao levantar o tema da pandemia, Mourão destacou a atuação da construção civil, que adotando as providências necessárias para garantir a segurança e a saúde de seus trabalhadores, continuou operando e produzindo no difícil período, tornando-se um dos setores fundamentais para a nossa economia. “Em 2020, a queda do PIB Nacional foi de 4%, menos da metade do que estava previsto e em 2021 subimos 4,6% , contra todas as projeções mais pessimistas, concluiu.

 

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