2020 será um marco para o uso do BIM na Construção

 2020 será um marco para o uso do BIM na Construção

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“A metodologia BIM (Building Information Modeling) é muito mais ampla que visualização 3D ou um software. Trata-se de um conceito para construção civil, que agrega empoderamento ao projeto e facilita todo o fluxo de execução da obra, o que possibilita um maior controle de gestão e riscos de um projeto”. Com esta definição, durante o Seminário Forúm Bim, promovido pelo Sindicato das Indústrias da Construção Civil no RS (Sinduscon-RS) hoje (5/12), o consultor estratégico e integrante do Comitê Estratégico do Governo Federal, Wilton Silva Catelani afirmou que o principal beneficiário com o uso do BIM é o investidor e incorporadores/construtores, “pois a metodologia garante um resultado mais adequado, mais preciso com o que se espera, ou seja, uma obra concebida com o nível de qualidade exigido, com alto desempenho e vida útil aprofundada”, ressalta.

Para Catelani, 2020 será um marco. “Grandes organizações públicas como a Caixa Econômica Federal, Metrô de São Paulo, a sociedade por ações denominada Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo – SABESP, passarão a exigir contratações com a exigência do BIM.

O especialista internacional no tema, professor e pesquisador da Universidade de Minho/Portugal, José Carlos Lino, salienta que tais exigências em editais e licitações, acabam mobilizando toda a cadeia da construção. Membro do BIM Fórum Portugal, Lino afirma que o Brasil, em comparação com países mais desenvolvidos, demonstra uma maior criatividade e agilidade na adoção de novas tecnologias. “Claro que a crise torna o processo mais lento. Mas aos poucos vai se evoluindo. “O Brasil tem competência tecnológica. O uso do BIM, mesmo que de forma tímida e não tão generalizada, está acontecendo aqui de maneira mais estruturada”, disse.

Segundo a arquiteta e urbanista da Método Engenharia (vencedora dois anos consecutivos do Prêmio Excelência BIM do Sinduscon-SP), Camila Kfouri, quando se fala em BIM, o tema custos é inevitável. Seu uso implica em investimento em consultoria para implementação, hadware, software e treinamentos. Mas os obstáculos vão além do econômico. “ O BIM não é só uma ferramenta. É metodologia, de um processo que exige repensar processos e a forma de trabalhar”, aponta a palestrante ao ressaltar a necessidade de mudança de cultura, o que normalmente gera resistências.

Quando questionados sobre acessos a recursos para a adoção do BIM principalmente às pequenas e médias empresas Catelani afirma que o Governo Federal está fazendo sua parte. Recentemente foi publicado um Edital de chamamento público pelo Ministério da Economia (n.º 3/2019), é direcionado à construção civil. As ações visam contribuir para a redução da burocracia no setor e para o aumento da sua produtividade e competitividade, contemplando melhorias nos processos a exemplo da disseminação BIM. “Caminhos para adoção desta evolução tecnológica benéfica e irreversível existem vários, mas todos exigem estudos, dedicação, tempo, esforço e vontade”, concluiu.

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