A solução do déficit habitacional no Brasil passa pela industrialização na construção
O caminho a ser trilhado para a redução do déficit habitacional passa pela construção industrializada, que implica em uma produção mais rápida e com aumento de produtividade, segundo o presidente do Conselho C3 – Clube da Construção Civil e CEO da Aratau Construção Modular, Paulo Sérgio de Oliveira. Para a Head de Desenvolvimento da Gerdau e membro da Comissão executiva do CBCA, Rosane Bevilaqua, no Brasil há engenharia de ponta e profissionais capacitados para que a construção industrializada possa fazer valer os seus benefícios ao máximo, incluindo a redução da precificação e custos. “Isso implica na adoção massiva das tecnologias disponíveis”, disse. As afirmações foram registradas na abertura do Seminário Industrialização da Construção Residencial realizada hoje (20) por meio de uma parceria entre Sinduscon-RS e Asbea-RS.
O vice-presidente do Sinduscon-RS, Roberto Sukster, recepcionou os participantes, entre construtores, incorporadores, arquitetos e projetistas, alertando que, somente com os esforços de toda a cadeia produtiva, a construção industrializada poderá acontecer de fato, dando apoio a problemas sociais tão pesados no País como a falta de moradia digna. O presidente da Asbea-RS, Vicente Brandão, ratificou a afirmação de que a redução do déficit habitacional passa pela construção industrializada. “Hoje a carência é de 7,8 milhões de moradias no País. A projeção para 2030, segundo um estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV) em parceria com a Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), é de 30,7milhões de unidades. Além de vontade política, é preciso muita agilidade no enfrentamento desde gargalo social”.
Durante o evento, a falta de isonomia tributária entre a construção industrializada e a tradicional; a burocracia e a lentidão envolvendo direito imobiliário e as aprovações de projeto legal e o licenciamento ambiental; a ausência de linhas de financiamento e crédito imobiliário para edificações produzidas pela construção industrializada, de ciclo bem mais curto e a não inclusão da construção industrializada na grade de ensino das universidades e faculdades de Arquitetura e Engenharia foram apontadas como barreiras para a evolução da construção industrializada no Brasil.
Mas em todos os segmentos sociais e produtivos, há os pioneiros e empreendedores que investem, acreditando na colheita de bons frutos no futuro. Durante o evento realizado no Teatro do Sinduscon-RS obras emblemáticas e tecnologias de ponta comprovaram a aposta na construção industrializada no Brasil.