Estudo da FGV mostra geração de renda e empregos do Minha Casa, Minha Vida
Durante a audiência, a economista da Fundação Getúlio Vargas (FGV) Ana Castelo apresentou estudo da instituição que analisa o impacto do Minha Casa, Minha Vida na economia. Até junho de 2018, o total de contratações realizadas pela iniciativa chegou a 5,3 milhões de unidades, com investimentos de R$ 484 bilhões e R$ 151 bilhões em subsídios.
De acordo com a pesquisa, os investimentos contribuíram para gerar cerca 775 mil postos de trabalho. Ao se considerar os empregos indiretos e induzidos, foram cerca de 2,4 milhões de empregos.
Em valor adicionado – isto é, contribuição de uma atividade econômica ao Produto Interno Bruto (PIB) -, o programa somou, direta e indiretamente, R$ 333,4 bilhões nesse período. O Minha Casa, Minha Vida representa também dois terços do PIB da construção civil.
Em tributos, foram arrecadados R$ 106 bilhões no próprio setor, totalizando R$ 163,4 bilhões com os impactos indiretos. “Isto significa que a arrecadação proporcionada pelo programa foi superior em 8% aos subsídios”, explicou Castelo.
A economista abordou também quais seriam as consequências caso a iniciativa sofresse um corte de R$ 1,8 bilhão. Segundo o estudo, o total de empregos diretos e indiretos gerados pelo programa em 2019 cairia em 36%.
A audiência contou ainda com a presença da coordenadora de projetos da União Nacional por Moradia Popular, Evaniza Lopes Rodrigues, e do Superintendente Nacional de Habitação Rural e Entidades Urbanas da Caixa Econômica Federal, Rodrigo Souza, que apresentou um histórico da atuação do agente financeiro com o Minha Casa, Minha Vida.
A reunião faz parte do projeto da CBIC “Continuidade e Melhoria dos Programas Habitacionais”, em correalização do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai Nacional).