Excesso de burocracia encarece o imóvel em até 12%
A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) , a Associação Brasileira das Incorporadoras (Abrainc) e o Movimento Brasil Competitivo lançaram no dia 19 de março, em Brasília, o estudo “O Custo da Burocracia no Imóvel”. Realizado pela Booz & Company, o estudo analisa os gargalos burocráticos que oneram e atrasam os empreendimentos imobiliários no país. No evento foram discutidos os caminhos para solucionar esses entraves, incluindo a apresentação de cases internacionais de sucesso.
O estudo Custo da Burocracia no Imóvel constata que o excesso de burocracia para a construção e aquisição da casa própria no Brasil aumenta em até 12% o valor final do imóvel para o proprietário. Isso equivale a R$ 18 bilhões por ano, considerando-se a média de unidades novas entregues anualmente.
A burocracia também aumenta o prazo de entrega da casa própria. Dos cinco anos que um imóvel financiado pelo FGTS pode levar para sair do papel, ou seja, do projeto à entrega, dois anos são consumidos apenas pelos processos burocráticos.
O atraso na aprovação dos projetos pelas prefeituras, a falta de padronização dos cartórios e de clareza nas avaliações das licenças ambientais e mudanças na legislação que atingem obras já iniciadas, como alterações nos planos diretores e de zoneamento, por exemplo, estão entre os principais problemas constatados pelo estudo.
O setor da construção propõe a redução destes custos burocráticos, por meio de melhores práticas para análise e aprovação dos projetos imobiliários, padronização e revisão das legislações municipais, estaduais e federais, maior informatização dos processos, antecipação dos financiamentos aos compradores e um maior equilíbrio na relação entre incorporadoras e compradores de imóvel. Além de reduzir os custos, o prazo para entrega dos imóveis cairia pela metade: de 60 para 32 meses. O Custo da Burocracia no Imóvel.