Presidente do Sinduscon-RS aborda em artigo o tema Mobilidade Urbana
Mobilidade urbana foi tema tratado pelo presidente do Sinduscon-RS, Claudio Teitelbaum, em artigo publicado no Jornal do Comércio no dia 24 de maio.
Mobilidade Urbana para Evoluir
Claudio Teitelbaum – Presidente do Sinduscon-RS
Transformar o cenário urbano num local acolhedor, com espaços mais funcionais e que favoreçam a mobilidade da população é uma estratégia já bastante difundida em outros países e que agora, se faz muito necessária, inclusive para o Brasil. Em tempos de abraçar a diversidade, conectar pessoas, negócios e lazer, de forma planejada e sustentável, empreendimentos inteligentes e integrados à cidade são a grande tendência nos dias de hoje, o que atrai gente interessada em se apropriar do lugar onde mora e explorar todas as possibilidades de bem-viver. A sinergia entre o morar, o trabalhar, estudar e se divertir, é contrária ao que ocorreu na década de 80, com a explosão dos condomínios fechados nos grandes centros. Com muros altos, elaborados sistemas de segurança e construções sofisticadas, esses empreendimentos isolavam os moradores do próprio entorno, como se eles vivessem em bolhas, longe da realidade. Geralmente distantes dos centros comerciais, esse conceito ficou ultrapassado e caro, pois exige grande deslocamento de pessoas para outras regiões, gera maior circulação de veículos, provoca congestionamentos, emissão de gases na atmosfera e, principalmente, resulta num estilo de vida distante do que hoje se procura. As chamadas ‘smartcities’, priorizando pessoas, com uso misto e diversidade de moradores, trazem consigo propostas que se mostram como importante alternativa para a mobilidade urbana, impactando positivamente na qualidade de vida da comunidade. Ao criar minicentros urbanos, com densidade equilibrada, alternativas próximas para o consumo local, com proximidade de moradias e trabalho, retiramos veículos motorizados das ruas e reduzimos fortemente o impacto no uso de transporte público. Por que devemos nos conformar com a falta de estrutura das grandes cidades, se podemos aliar a rotina ao bem-estar com praticidade na locomoção? Que esse conceito seja cada vez mais percebido pela sociedade e ajude a promover uma reflexão sobre novas formas de morar, trabalhar e se divertir.