Seminário do Sinduscon-RS destaca poder do diálogo e indicadores como pilares da segurança no trabalho

 Seminário do Sinduscon-RS destaca poder do diálogo e indicadores como pilares da segurança no trabalho

Crédito: Rayssa Oliveira

Registros – Crédito: Dudu Leal

No dia 27 de agosto de 2025, o Sinduscon-RS promoveu, em sua sede, o Seminário de Segurança do Trabalho, reunindo engenheiros, técnicos de segurança, contadores e profissionais de recursos humanos. O encontro teve como foco apresentar práticas aplicáveis ao cotidiano das obras, reforçando a importância da comunicação e do uso de indicadores na gestão de segurança.

A programação contou com duas palestras. O engenheiro de segurança Thompson Iglesias, com mais de 35 anos de experiência em grandes empreendimentos, apresentou o tema “DDS e a importância da comunicação”, destacando o Diálogo de Segurança (DS) como uma ferramenta estratégica para prevenção de acidentes. Já a engenheira Valesca Rembowski abordou “Indicadores de segurança”, ressaltando como a mensuração de dados pode transformar a cultura preventiva nos canteiros.

O poder do diálogo na prevenção

Iglesias lembrou que o Diálogos de Segurança vai além de um protocolo: trata-se de um instrumento de construção de cultura, capaz de criar hábitos, promover engajamento e fortalecer a confiança entre equipes. A prática, que pode ser semanal ou diária, funciona como um espaço de troca de informações e alinhamento sobre riscos, medidas preventivas e necessidades de treinamento.

“Não se trata apenas de uma reunião. É o momento em que as pessoas se escutam, ajustam processos e atualizam planos de ação. Quando bem conduzido, ajuda a integrar a segurança como parte da rotina e da identidade da empresa”, afirmou Iglesias.

Ele reforçou ainda que a ferramenta atende diretamente às exigências da NR 01, que determinam que empregadores informem riscos, comuniquem medidas de prevenção e envolvam trabalhadores na percepção de perigos no ambiente de trabalho.

Indicadores: da reação à prevenção

Na sequência, Valesca Rembowski apresentou os principais indicadores utilizados na gestão de acidentes de trabalho, como a Taxa de Frequência de Acidentes (TFA), Taxa de Gravidade (TG) e suas variações com e sem afastamento. Segundo a engenheira, esses números funcionam como um “termômetro” da organização.

Contudo, a especialista alertou que os indicadores reativos, que registram eventos já ocorridos, devem ser complementados pelos proativos, que antecipam riscos. Entre eles, citou:Checklists de conformidade (como a NR18), Taxa de treinamentos realizados, Registros de desvios, Resultados de exames médicos ocupacionais e Taxa de absenteísmo.

“Com indicadores bem estruturados, conseguimos transformar dados em decisões estratégicas, priorizar investimentos, alinhar equipes e reduzir riscos. A segurança só se fortalece quando conseguimos enxergar não apenas o que já aconteceu, mas também aquilo que pode vir a acontecer”, destacou Rembowski.

O seminário reforçou que a segurança do trabalho não deve ser tratada como custo, mas como investimento. Ao unir diálogo constante e monitoramento inteligente de indicadores, as empresas podem criar ambientes mais seguros, reduzir afastamentos e elevar a produtividade.

Para o Sinduscon-RS, encontros como este são fundamentais para consolidar a cultura preventiva no setor da construção civil, conectando profissionais e disseminando práticas que salvam vidas e fortalecem a sustentabilidade dos negócios.

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